Baseado em Fatos Reais

Conde Drácula


 A lenda do Conde Drácula nasceu nos territórios da Europa Central hoje pertencentes à Romênia, um país às margens do Mar Negro que, no passado, compreendeu os principados das Valáquia e da Moldávia. Na paisagem romena, entre florestas, campos e estepes, erguem-se os imponentes e sombrios Montes Cárpatos, com altitudes de mais de 2.000 metros, parte dos Alpes da Transilvânia.
A região, habitada desde o início da Era Cristã, recebeu sucessivas hordas de diferentes povos: godos, ávaros, húngaros, eslavos, tártaros, magiares. No século XIV, formaram-se os principados da Valáquia e da Moldávia, primeiro sinal de configuração do que viria a ser nação romena. Ocorreu que no século XV, os turcos invadiram aqueles territórios dando início a guerras violentas.
Foi neste cenário que, por volta de 1430, nasceu o primeiro Drácula, príncipe da Valáquia. Seu nome era Vlad, chamado Drakul – que significa dragão ou demônio – pela figura mitológica que ornava seu brasão de família.

Vlad levou uma vida de guerreiro bárbaro e é de se supor que tenha sido traumatizado desde a mais tenra idade. Ainda jovem, foi mantido prisioneiro pelos turcos e com eles presenciou e aprendeu métodos de tortura e a terrível execução por empalamento.
Em 1448, aos 18 anos, diplomático, conseguiu que seus inimigos o colocassem no trono da Valáquia. A pretexto de unificar o país e expulsar seus antigos captores e invasores, Vlad deu início a um reinado de campanhas bélicas pontuadas por chacinas sangrentas e torturas. A morte coletiva dos prisioneiros, por empalamento, tornou-se comum o que valeu ao soberano o apelido de Tepes ou "Empalador". Além disso, a ira de Vlad resultava em punições cruéis, dignas de uma mente sádica: cozinhar pessoas, queimá-las em fogueiras, esfolamento, mutilações.
A revolta inevitável das populações martirizadas e o interesse político da nobreza vizinha finalmente derrotou o tirano que foi capturado pelo rei Matias, da Hungria. Conta a lenda que, no cárcere, Vlad Drácula se divertia empalando pequenos animais que os guardas forneciam.


Em 1474, depois de 12 anos encarcerado, o Empalador recuperou a liberdade pela via da negociação política e voltou a ocupar o trono da Valáquia. Dois meses depois, morria, aos 45 anos, ferido durante mais uma batalha contra os turcos.
Sua cabeça foi cortada, conservada em mel e enviada ao sultão como troféu. Seu corpo, desapareceu em sepultura anônima.


DRAKUL: DE EMPALADOR SÁDICO A VAMPIRO

A relação entre o príncipe Vlad Tepes da Valáquia e o Conde Drácula foi estabelecida por supostos laços de família, forjados por uma espécie de sincretismo cultural popular que certamente inspirou o romancista Bram Stoker na construção do personagem que imortalizou a imagem do vampiro nobre linhagem, habitante de um castelo nos Montes Cárpatos. Ao guerreiro histórico misturaram-se as tradições mais antigas do povo romeno, superstições que refletem os terrores e a simplicidade religiosa dos camponeses.
Ali, acredita-se que pessoas excomungadas, malditas pela Igreja Ortodoxa Oriental, que domina a região, depois de mortos, transformam-se em cadáveres ambulantes, os moroi. Seriam também condenadas ao vampirismo as crianças fruto de relações proibidas, as crianças pagãs – não batizadas – e o sétimo filho de um sétimo filho. A fantasia romena criou ainda os strigoi, demônios em forma de pássaro que saem à noite em busca de carne e sangue humanos.
Processadas pela artes, lendas, história e tradição romenas resultaram no Drácula estilizado, estampado nos cartazes dos cinemas, fantasia do Dia das Bruxas. Era monstro, virou galã. O Drácula contemporâneo e globalizado é um produto em forma de imagem, símbolo do poder de tudo aquilo que, apesar de apavorante, é intensamente sedutor.


Fantasmas na História


A morte e os mortos constituem universalmente uma parte importante das crenças religiosas e do imaginário social sobre este tema, embora cada sociedade tenha a sua representação própria do além e daqueles que se foram, ou seja, o destino que os aguarda, que sempre povoou as mentalidades dos homens de antanho.
fantasmas e apariçõesEstas aparições fantasmagóricas concebem uma interpretação sobre as viagens do mundo dos mortos e suas visitas ao mundo dos vivos, que normalmente, os vivos que os vê são antigos conhecidos ainda em vida. O objetivo deste é revelar aos vivos a geografia dos lugares do mundo dos mortos, lugares estes que habitavam o imaginário medieval do Ocidente.Com os relatos sobre fantasmas o historiador é de pronto imerso nos detalhes deste imaginário cristão da Idade Média, trava-se analises com os cruzamentos confusos de caminhos de relações sociais tomadas entre os viventes e os recém mortos que os visitam. Estes relatos de fantasmas focalizam toda a atenção na condição do, então, falecido, que descreve aos viventes a sua situação, muitas vezes, nestas crônicas a existência do fantasma ou espíritos se dá em virtude do decurso do “rito de passagem”, ou seja, a aplicação ou não dos ritos fúnebres. Pode ser citado como exemplo um corpo desaparecido de um afogado que não ganhou sepultura, vítimas de assassinato, suicidas, morte de uma parturiente ou mesmo um natimorto.Pode ser observado desta forma uma herança, ou o peso desta, na sociedade medieval que encontra as reminiscências culturais greco-romanas ou heranças dos bárbaros. Visto que o 

imagem surrealis ta de fantasmaCristianismo rejeitou em um primeiro momento o culto dos mortos, como é apresentado em toda a iconografia sobre a Idade Média e suas mentalidades, que permeou muitas épocas. Nos Sécs. V e VI muitos dos rituais pagãos foram cristianizados tendo desta forma uma espécie de “morte domesticada”. Em outras palavras pode se observar que o modus vivendi do homem medieval estava articulado nesta dinâmica entre a idéia de salvação, sufrágio, dos mortos e os seus laços com os vivos de uma sociedade que vivenciava o visível e o invisível com intensidade e normalidade.

Muitas vezes as aparições se davam para transformar a Igreja Católica e legitimar um processo político em andamento, assim como relatava o mundo dos mortos e sua atual situação ou até mesmo anunciar uma morte ou transformação social.
Sendo assim pode ser afirmado que “vivemos em prol dos mortos mais do que dos vivos” e que desta forma as reminiscências de outrora transpassam o tempo e influenciam o agora, principalmente no Culto dos Mortos.





Ed Gein -  A real e famosa história do ''Massacre da Serra Elétrica''
Olá galera do Tigre na Web, venho postar pra vocês hoje essa horripilante e real história que encontrei na Internet e resolvi mostrar pra vocês aqui. Trata-se nada mais nada menos da história que ajudou a inspirar muitos filmes em Hollywood, dentre eles O Massacre da Serra Elétrica.



Edward Theodore Gein, mais conhecido como Ed Gein (La Crosse, Wisconsin, 27 de Agosto de 1906 — Waupun, Wisconsin, 26 de Julho de 1984) foi um serial killer e ladrão de campas estadunidense. Gein foi condenado pelos homicídios de duas pessoas, mas é suspeito por ter assassinado sete pessoas ao total. Os seus crimes ganharam notoriedade, quando as autoridades descobriram que Gein exumava cadáveres de cemitérios locais e fazia troféus e lembranças com eles.

Biografia

Infância
Edward era filho de George P. Gein e Augusta Lehrke, ambos do Wisconsin. Ed tinha um irmão mais velho chamado Henry G. Gein.

O pai de Ed era alcoólatra e estava constantemente desempregado. Augusta desprezava o seu marido, mas continuava o casamento devido ás suas crenças religiosas. Augusta montou um pequeno armazém em Plainfield, onde os Geins fixaram residência.

Augusta não deixava estranhos interagirem com os seus filhos: Ed frequentava a escola, mas a sua mãe impedia qualquer tentativa que ele fez para fazer amigos.

Quando não estava na escola, Ed dedicava-se a pequenas tarefas na fazenda. Augusta Gein, luterana fanática, dizia aos filhos que o mundo era um sítio imoral, que a bebida era demoníaca e que todas as mulheres (ela excluída) eram prostitutas e instrumentos do diabo. Segundo ela, o sexo servia a uma única finalidade, o da procriação. Augusta reservava algum tempo todas as tardes para ler a Bíblia aos filhos, escolhendo partes do Antigo Testamento, sobre morte, assassínios e castigos divinos.

Ed, levemente efeminado, era alvo de bullying. Os colegas e os professores recordam os seus maneirismos (Ed ás vezes ria-se sozinho, como se estivesse a lembra-se de uma piada). Para piorar as coisas, sempre que Ed tentava fazer amigos, a sua mãe impedia-o. Apesar do seu fraco desenvolvimento social, ele saiu-se bem na escola, especialmente em leitura e economia.

Ed tentava agradar a mãe, mas esta raramente se sentia feliz com os filhos. Ela costumava insultá-los, acreditando que eles iriam ser falhados como o pai. Durante toda a adolescência e parte da idade adulta, os dois rapazes só tiveram a companhia um do outro.



Morte dos pais
O pai de Ed morreu em 1940, vítima de um ataque cardíaco. Os dois irmãos passaram a trabalhar para ajudar a mãe, e eram considerados honestos na cidade. Ambos trabalhavam como biscateiros. Para além disso Ed fazia babysitting para os vizinhos. Ele gostava de tomar conta de crianças, e relacionava-se melhor com crianças que com adultos.

Henry começou a rejeitar a mãe e preocupava-se com a união entre Ed e a mãe. Ele começou a criticá-la perante Ed, que ouvia tudo mortificado.

A 16 de Maio de 1944 um incêndio deflagrou perto da quinta dos Geins. Os dois irmãos foram ajudar a apagá-lo. Enquanto a noite caía, Ed e Henry separaram-se. Quando o fogo foi extinto, Ed informou a polícia que o seu irmão tinha desaparecido. Foram organizadas buscas. Ed conduziu-os directamente ao irmão, que estava morto no chão. A polícia teve dúvidas quanto ás circunstâncias da descoberta do corpo, uma vez que o sítio onde Henry se encontra não estava queimado e este tinha manchas pretas na cabeça. Apesar disto, a polícia não descartou a possibilidade de homicídio. Mais tarde a polícia descobriu que a causa da morte foi asfixia.

Augusta morreu a 29 de Dezembro de 1945. Ed ficou completamente sozinho e permaneceu na quinta, sustentando-se com estranhos empregos. Deixou todas as divisões tal como a mãe tinha deixado, e começou a viver num pequeno quarto ao lado da cozinha. Ed só utilizava este quarto e a cozinha.

Começou a interessar-se por livros de aventuras e revistas de cultos de morte e a fazer visitas nocturnas ao cemitério local.


Prisão
A polícia suspeitou do envolvimento de Ed no desaparecimento de Bernice Worden, a 16 de Novembro de 1957. Entraram na propriedade de Ed á noite e descobriram o cadáver de Worden. Tinha sido decapitada, o seu corpo estava suspenso de pernas para o ar, os seus tornozelos estavam presos a uma viga. O seu tronco estava vazio, as suas costelas estavam separadas, tal como um veado. Estas mutilações ocorreram depois da sua morte, causada por vários tiros.

Depois de revistarem a sua casa encontraram:

- Crânios humanos empilhados sobre um dos cantos da cama 
- Pele transformada num quebra-luz e usada para estofar assentos de cadeiras. 
- Peitos usados como seguradores de copos 
- Crânios usados como tigelas de sopa 
- Um coração humano (o sítio onde se encontrava é alvo de discussões: alguns afirmam que estava numa panela no forno, outros que estava num saco de papel) 
- Pele da cara de Mary Hogan, proprietária da taberna local, encontrado numa bolsa de papel 
- Puxador de janela feito lábios humanos 
- Cinto feito com mamilos humanos 
- Meias feitas de pele humana 
- Bainha de pele humana 
- Caixa com vulvas, que Ed confessou usar 
- Cabeças prontas para exposição ordenadas 



Várias crianças da vizinhança, das quais Gein ocasionalmente tomava conta, tinham visto as cabeças, que Ed descreveu como relíquias dos Mares do Sul, enviados por um primo que tinha servido na Segunda Guerra Mundial. A investigação policial concluiu que eram peles faciais humanas, cuidadosamente tiradas de cadáveres e usadas por Gein como máscaras.

Ed confessou ter desenterrado várias sepulturas de mulheres de meia idade, que se pareciam com a sua mãe. Ele levava-as para casa, onde ele bronzeava as peles, um acto descrito como insano ritual travesti. Ed negou ter tido relações sexuais com os cadavéres, segundo ele porque estes “cheiravam demasiado mal”.



Gein também admitiu que matou Mary Hogan, desaparecida desde 1954. Pouco depois da morte da sua mãe, Gein decidiu que 

queria uma mudança de sexo. Ele criou uma woman suit (sala de mulher), onde podia fingir ser mulher.

Art Schley, um dos polícias que interrogou Ed, agrediu fisicamente Ed, esmurrando a sua cabeça e empurrando a sua cara contar um tijolo, o que tornou o primeiro depoimento de Gian inadmissível. Schley morreu com um ataque cardíaco um mês depois de testemunhar no julgamento de Ed. Os seus amigos afirmam que Schley estava traumatizado pelo horror dos crimes de Ed.

Julgamento
Gein foi dado como mentalmente incapaz e foi mandado para o Central State Hospital, que mais tarde se tornou numa prisão. Ed foi transferido para Mendota State Hospital em Madison, Wisconsin.

Em 1968 os médicos declararam que ele estava são o suficiente para ir ao tribunal. O julgamento começou a 14 de Novembro e durou uma semana. Ele foi considerado não culpado devido a insanidade. Ed passou o resto dos seus dias num hospital psiquiátrico. Enquanto Ed esteve detido, a sua casa foi incendiada e o carro que Ed usava para transportar as vítimas foi vendido em 1958.




Morte
Ed morreu a 26 de Julho de 1984, vítima de falha cardíaca e respiratória, devido a cancro, no hospital Mendota Mental Health Institute. A sua campa tem sido vandalizada ao longo dos anos Algumas pessoas retiravam pedaços da campa para recordação, até que ela foi completamente roubada em 2000. A campa foi recuperada em Junho de 2001 e dada a um museu em Wautoma, Wisconsin.

No cinema
Alguns dos mais famosos personagens assassinos do cinema tiveram alguma inspiração em Ed Gein, tais como:
* Leatherface (O Massacre da Serra Elétrica)
* Buffalo Bill ( O Silêncio dos Inocentes )
* Norman Bates (Psicose)
* Noite do Terror